- País de origem: Estados Unidos da América
- Tripulação: 1
- Comprimento: 14,45 m
- Envergadura: 8,13 m
- Altura: 4,08 m
- Peso vazio: 4 349 kg
- Peso máx. de descolagem: 11 214 kg
- Propulsão: 2 x turbojatos General Electric J85-GE-21B
- Empuxo: 15 600 N em empuxo seco, e 22 200 N em pós-combustão
- Velocidade máx. em Mach: 1,63 Mach a 11 000m
- Alcance bélico: 1 405 km
- Alcance (MTOW): 3 700 km
- Teto máximo: 15 800 m
Armamento:
- Metralhadoras/Canhões: 2 x canhões M39A2 de 20 mm
- Foguetes:
- 2× LAU-61/LAU-68 lança foguetes (cada com 19 Hydra 70 mm); ou
- 2× LAU-5003 lança foguetes (cada com 19 CRV7 70 mm); ou
- 2× LAU-10 lança foguetes (cada com 4 Zuni 127 mm); ou
- 2× Matra lança foguetes (cada com 18 SNEB 68 mm)
- Mísseis Ar-ar:
- AIM-9 Sidewinder
- AIM-120 AMRAAM
- Mísseis Ar-superfície
- AGM-65 Maverick
- Bombas:
- Uma variedade de bombas incluindo as da série Mark 80
- GBU-24/49/52/58
- bombas Napalm e M129 não guiadas
- bombas guiadas da família Paveway
- Áustria
- Bahrein
- Botswana
- Chile
- Etiópia
- Honduras
- Indonésia
- Irão
- Jordânia
- Quênia
- México
- Marrocos
- Noruega
- Paquistão
- Paraguai
- Taiwan
- Arábia Saudita
- Singapura
- Coreia do Sul
- Espanha
- Sudão
- Suíça
- Tailândia
- Tunísia
- Turquia
- Venezuela
- Vietname do Sul
- Iêmen
- Canadá
- Grécia
- Malásia
- Países Baixos
- Filipinas
No Brasil, a história do F-5 iniciou na prática em março de 1975, porém, ele esteve cotado para equipar a FAB desde 1965, em sua versão F-5A/B. Em 1967, ele foi novamente cogitado, desta vez como vetor do projeto SISDACTA. A preferência era para o F-4 Phantom, mas este foi vetado pelos americanos, que em contrapartida ofereceram o F-5C. O impasse norte-americano favoreceu os franceses, tendo a FAB adquirido 16 Dassault Mirage III. Numa nova disputa internacional, realizada a partir de 1971 para substituir os AT-33A, na qual participaram o Fiat G-91, MB-326K, Harrier Mk-50, Jaguar GR1 e A-4F, saiu vencedor o caça da Northrop, agora em sua versão F-5E. Começava a longa história de sucesso do Tiger II na FAB.
A FAB recebeu 6 F-5B (FAB 4800 a 4805), 4 F-5F (FAB 4806 a 4809) e 58 F-5E (FAB 4820 a 4877) que foram adquiridos em dois lotes distintos. O primeiro lote em 1973, direto da fábrica (06 F-5B + 36 F-5E), ao valor de US$ 115 milhões e o segundo lote, em 1988, ex-USAF (04 F-5F e 22 F-5E), ao custo total de US$ 13,1 milhões. As primeiras aeronaves da "Operação Tigre", como ficou conhecido o translado do primeiro lote, foram entregues a partir de 28 de fevereiro de 1975 em Palmdale. Eram 3 F-5B, que chegaram ao Brasil no dia 06 de março do mesmo ano, sendo seguidos de outros 3 F-5B em 13 de maio. Em 12 de junho de 1975, chegavam os primeiros 4 F-5E à BAGL, dando início a uma ponte aérea que só terminaria em 12 de fevereiro do ano seguinte, totalizando 36 aeronaves. Em 1985, depois de muito procurar, chegou-se a um acordo com o governo Reagan, que aceitou negociar 4 F-5F e 22 F-5E, que sairiam das fileiras da USAF, a um custo de 13,1 milhões de dólares.
Por volta de Setembro de 2006, especulava-se a aquisição de 9 aeronaves F-5E Tiger II, usadas da Arábia Saudita, sendo 6 F-5E e 3 F-5F. Esta compra, entretanto, não foi adiante, vindo a Força Aérea Brasileira a adquirir um lote de aeronaves pertencentes à Real Força Aérea da Jordânia. No total foram compradas 11 aeronaves, sendo 8 F-5E monopostos e 3 F-5F bipostos. As primeiras aeronaves vindas da Jordânia chegaram no Brasil em 19 agosto de 2008 e foram enviadas ao Parque de Material da Aeronáutica de São Paulo (PAMA-SP). Todas os F-5 ex-Jordânia foram convertidos em 2013 para o padrão F-5EM e F-5FM.
O F5BR (F5M) é uma versão brasileira modernizada do caça F-5 Tiger II empregada na Força Aérea Brasileira. O projeto F5BR (posteriormente chamado de F5M) foi realizado pela Embraer, na sua Unidade de Gavião Peixoto, na cidade homônima, interior do estado de São Paulo, e pela AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit, a pedido da FAB em 2000 e teve custo de US$ 285 milhões. A junção destas duas empresas deu origem à Harpia, que em 2011 foi integrada à nova unidade criada pela Embraer, a Embraer Defesa e Segurança. O projeto consistiu na aplicação de aviônicos de última geração, atualização dos sistemas de navegação, armamentos e auto-defesa, inclusive com equipamentos recentes de contra-medidas eletrônicas. A modernização destes caças foi uma alternativa ao Projeto FX original do governo Brasileiro a fim de conseguir um sistema de defesa aérea efetivo na segurança aérea brasileira.
Ela inclui a última tecnologia disponível, com a capacidade técnica de ambas empresas para desenvolver a solução certa para os cenários operacional e orçamentário da Força Aérea Brasileira. São aproximadamente 60 caças F-5E/F que foram atualizados entre 2001 e 2013 e irão assegurar a sua vida operacional por mais 15 anos. Até março de 2008, 23 aeronaves haviam sido modernizadas. Entre 2008 e 2011, mais 23 unidades foram entregues à FAB e entre 2011 e 2013 foram mais 11 unidades modernizadas, além de um simulador de voo entregues à FAB.
No início de 2011, foi criada a Embraer Defesa e Segurança, unidade da Embraer também sediada em Gavião Peixoto, que ficou responsável pela modernização, além dos F5, também de outros modelos da frota da FAB como o AMX e o ALX (Super Tucano). O F5BR é considerado um caça de 4ª geração (os outros F5 são tidos como de 3ª), tem aviônicos e sistemas totalmente novos (os mesmos do A-29), o caça também opera os misseis nacionais MAA-1 Piranha, o trem de pouso também foi otimizado dando ao F5BR a capacidade de pousar em pistas em mau estado de conservação. O caça também tem o sistema REVO de reabastecimento em pleno voo.
A operação aérea Cruzex é realizada no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas sul americanas e da França. Nos exercícios de 2002 e 2004, era nítida a distância entre a FAB e a Armée de l'Air. Na CRUZEX 2006, o avanço conseguido pelo F-5M devido as modificações eletrônicas, surpreendeu a própria FAB e todas as forças aéreas convidadas. O avião agora possui seu sistema totalmente digital, e a FAB implantou mísseis BVR Derby de origem israelense. Essas modificações mostraram no exercício militar a nova cara da FAB, ou seja, uma força que finalmente chegou a era digital e que introduz uma série de novos conceitos em operação, embora ainda esteja muito aquém do poderio aeronáutico apresentado por norte-americanos, russos, franceses e ingleses. A integração da aeronave Embraer EMB-145 AEW&C e o "novo" F-5 demonstrou ser letal, igualando ou vencendo o sistema equivalente da Força Aérea Francesa no exercício. O EMB-145 AEW&C possui um poderoso radar instalado, orientando os caças F-5 com seus mísseis.
Tecnologia de 4ª Geração - A cabine totalmente provida de displays proporciona baixo esforço para o piloto e foi projetada para todas as condições de tempo, dia e noite, encontradas em todos os teatros de operação. Oferece dispositivo de manche e manete de potência combinados (HOTAS), dois computadores de alto desempenho e um sistema integrado de navegação INS/GPS.
Três MFDs (Mostradores Multifuncionais) - em cores e leitura HUD (mostrador projetado à frente/painel de controle à frente) levam ao que melhor existe em interface homem-máquina. Todos os sistemas e iluminação do F-5BR foram projetados para missões noturnas. Um vídeo VHS-C grava todos os dados pertinentes de dados e áudio para reprodução em voo ou no solo.
A tecnologia de 4ª geração permite que o F-5BR inclua HMD (mostrador montado no capacete), link para dados, Sistema de Planejamento de Missão, AACMI (Instrumentação Autônoma para Simulação e Avaliação de Manobras de Combate) e capacidade para treinamento virtual de voo.
Um avançado radar multi-modo - para medição de distância Ar-Ar, Ar-Terra e Ar-Mar, busca, rastreamento, rastreamento com varredura e combate aéreo será instalado no F-5BR, proporcionando condições de precisão, eficácia e auto-defesa. Permitirá rápida e efetiva operação do F-5BR.
Desempenho - O avião mantém as mesmas características operacionais comprovadas em combate dos F-5E/F que já estão em operação no Brasil, porém extremamente melhoradas e aperfeiçoadas por meio dos novos sistemas incluídos na solução Embraer-Elbit.
Sistemas de armamentos - O avião terá boa quantidade de armamentos convencionais e/ou inteligentes usados nos caças de nova geração, compatíveis com mísseis Além de Alcance Visual (BVR), bombas guiadas a laser, mísseis balísticos etc., e sensores para missões diurnas/noturnas sob qualquer tempo.
O F-5BR será compatibilizado com o armamento padrão da FAB existente no inventário, como o míssil ar-ar de pequeno alcance MAA-1, míssil ar-ar de médio alcance Derby, míssil Anti-radiação MAR-1, bem como bombas "inteligentes" e pod's.
Sistemas de Auto-Defesa - Contra-medidas eletrônicas (ECM) testadas em combate, mais Receptor de Aviso de Radar (RWR) estão disponíveis. Baixa Assinatura ao Radar e assinatura infra-vermelha reduzidas garantem baixa suscetibilidade de detecção do avião.
Logística - Os programas de manutenção baseados nas condições dos aviões são baseados em equipamentos e componentes de última geração. Um Equipamento de Função BIT permite localização de falhas e sistema de diagnóstico que leva a reparações rápidas, garantindo elevada confiabilidade de voo.
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