- Tripulação: 2
- Comprimento: 55 pés 7 pol. (16,94 m)
- Envergadura: 51 pés 0 pol. (15,54 m)
- Altura: 10 pés 9 pol. (3,28 m)
- Área da asa: 648 pés quadrados (60,2 m2)
- Aerofólio: EC1040
- Peso vazio: 27.950 lb (12.678 kg)
- Peso bruto: 41.575 lb (18.858 kg)
- Peso máximo de decolagem: 46.750 lb (21.205 kg)
- Motor: 2 × motores turbojato Rolls-Royce Avon 208, 11.000 lbf (49 kN) de empuxo cada
- Velocidade máxima: 690 mph (1.110 km/h, 600 kn)
- Velocidade máxima: Mach 0,91
- Alcance: 790 mi (1.270 km, 690 nm) em internos
- Teto de serviço: 48.000 pés (15.000 m)
- Taxa de subida: 9.000 pés/min (46 m / s)
- Carregamento da asa: 64,2 lb/pés quadrados (313 kg/m2)
- Impulso / peso: 0,54
- Hardpoints: 6 com disposições para transportar combinações de:
- Foguetes: 4 foguetes Matra com 18 foguetes SNEB de 68 mm cada ou 4 foguetes com 24 ou 32 foguetes Microcell de 2 polegadas cada ou 4 6 foguetes de 3 polegadas 24 no total
- Mísseis: 4 mísseis ar-ar Red Top ou Firestreak, 2 mísseis ar-solo AGM-12 Bullpup
- Bombas: 1 bomba nuclear de queda livre Red Beard ou quatro bombas convencionais de 500 lb (227 kg) ou duas de 1.000 lb (454 kg).
- Radar de interceptação aérea GEC AI.18
O Sea Vixen é o melhor exemplo de um caça a jato prometedor que viu a sua carreira arruinada por causa de um desenvolvimento apressado. Quando, finalmente, o aparelho atingiu a sua maturidade operacional, o interesse virou-se para outros modelos, capazes de voar a uma velocidade duas vezes superior à do som.
A origem deste avião de dois lugares remonta a 1946 quando, sod a designação GH.110, a firma De Havilland desenvolveu um caça a jato todo-o-tempo propulsionado por dois motores Rolls-Royce Avon com um impulso de 3400kgf cada. Este grupo propulsor deveria permitir-lhe atingir o voo supersónico, mas unicamente ao efetuar um ligeiro voo picado. O seu armamento compunha-se de quatro canhões Hispano de 20mm, ou então de dois canhões rotativos Aden de 30mm.
A 6 de Setembro de 1952, durante uma demonstração de voo no festival aéreo de Farnborough, o protótipo esmagou-se no solo, morreram os dois pilotos e 29 espetadores e outros 60 ficaram feridos. Foi um golpe dramático para o programa, para a empresa e para as autoridades responsáveis, em última análise, pela segurança do evento. Atribuiu-se a causa do acidente a uma falha na conceção da longarina principal das asas. Assim, o segundo protótipo WG240 teve de sujeitar-se a uma série de modificações. Reforçou-se a estrutura da asa e instalou-se na cauda dupla um estabilizador horizontal. Apesar de bons resultados nos ensaios do segundo protótipo, o trauma causado pelo acidente pesou provavelmente na decisão da RAF que, em Outubro desse ano, decidiu escolher o Gloster Javelin para as missões de caça noturna.
Como o Sea Venom não podia ser uma solução de longo prazo, FAA (a aeronaval britânica) interessou-se novamente pelo DH.110. A versão naval do DH110(N) tinha um nariz mais volumoso (para acolher o radar GE AI.18), asas dobráveis, um trem de aterragem reforçado e um gancho de aterragem. A De Havilland construiu um terceiro protótipo, o XF828, dotado de asas fixas e de um trem de aterragem clássico. O primeiro modelo da série, chamado Sea Vixen Fighter All Weather (FAW)1, efetuou o seu voo inaugural a 20 de Março de 1957.
Em Julho de 1959, a primeira unidade a receber o aparelho foi 892th Squadron da FAA, que embarcou em Março de 1960 no porta-aviões HMS Ark Royal. Os pilotos apreciaram as prestações notáveis do novo aparelho, nomeadamente a sua velocidade de ascensão e o seu teto de serviço, muito superiores aos do Sea Venom. O aparelho, muito maneável para o seu tamanho, também tinha um grande raio de ação. O Sea Vixen foi o primeiro avião de combate armado em exclusivo com mísseis. Dispunha de quatro mísseis De Havilland Blue Jay/Firestreak de guiagem infravermelha, fixos debaixo das asas e, sob a fuselagem, dois contentores amovíveis de 28 rockets Microcell de 50,8mm. O aparelho também podia transportar dois depósitos de combustível externos, graças aos quatros suportes que possuía debaixo das asas. Saíram da fábrica 119 unidades do FAW.1. Dois melhoramentos principais caracterizavam a versão FAW.2: modificaram-se as vigas da cauda para aumentar a capacidade de combustível e, a partir de então, o aparelho passou a poder disparar o míssil ar-ar Red Top. O primeiro voo do protótipo da versão FAW.2 teve lugar a 1 de Junho de 1962, e as entregas do aparelho à FAA decorreramde 1964 a 1966. Foram construídos 29 exemplares deste modelo e converteram-se 67 unidades do FAW.1 em FAW.2.
O Sea Vixen nunca entrou em combate, mas não deixou de participar em missões de defesa dos interesses ingleses em diversas partes do mundo, principalmente em ações ligadas à descolonização do império Britânico. Foi retirado de serviço em 1972, e progressivamente substituído pelo avião de combate norte-americano F-4 Phantom II. A carreira deste aparelho foi duramente ensombrada pelo grande número de acidentes durante a sua vida operacional, um silenciado durante muito tempo pelas autoridades britâncias. Com efeito, a Royal Navy perdeu pelo menos 55 aparelhos em acidentes, com 30 mortes e 21 em que morreram os dois membros da tripulação. Um total de 51 mortos, um número considerável para um aparelho utilizado unicamente em tempos de paz.
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