- Tripulação: 1
- Comprimento: 17,86 m
- Envergadura: 7,88 m
- Altura: 4,48 m
- Área da asa: 21,17 m2
- Peso bruto: 6 358 kg
- Peso máximo de descolagem: 13 700 kg
- Motor: 2 × Ishikawa-Harima TF40-801A afterburning turbofan engines, 22.8 kN (5,100 lbf) thrust each dry, 35.6 kN (8,000 lbf) with afterburner
- Velocidade máxima: 1,700 km/h (1,100 mph, 920 kn) at 11,000 m
- Alcance de combate: 556 km
- Alcance da balsa: 2 600 km
- Teto de serviço: 15 204 m
- Canhão: 1× 20 mm (0.787 in) JM61A1 Vulcan 6-barreled Gatling cannon
- Hardpoints: 7
- Foguetes: JLAU-3A 70 mm rocket pods, RL-7 70 mm rockets, RL-4 125 mm rockets
- Mísseis:
- Míssil ar-ar Mitsubishi AAM-1
- Míssil ar-ar AIM-9 Sidewinder
- Míssil anti-navio: Mitsubishi Type 80
- Míssil anti-navio: Mitsubishi Type 93
- Bombas: mk82 de 227 kg e M117 de 340 kg
- Japão
O Mitsubishi F-1 foi o primeiro caca a jacto desenvolvido totalmente no Japão depois da Segunda Guerra Mundial. Este jacto ficou a dever-se ao esforço conjunto da Mitsubishi Heavy Industries e da Fuji Heavy Industries.
Em meados dos anos 60, a Força Aérea de Autodefesa do Japão começou a estudar a possibilidade de poder contar com um jacto de dois lugares supersónico para instrução e treino que pudesse transformar-se numa versão de ataque a objetivos no solo.
Inicialmente, pensou-se que a opção mais prática para cumprir essa incumbência seria o fabrico sob licença de um modelo já operacional, como o norte-americano Northrop T-38 o, inclusive, o franco-britânico SEPECAT Jaguar, ainda em fase de desenvolvimento. No entanto, após o fracasso nas negociações para a produção deste avião, o Japão resolveu apostar num modelo próprio. As empresas Mitsubishi, Fuji e Kawasaki concorreram ao concurso, recaindo a escolha na primeira, em Setembro de 1967. A proposta vencedora foi concebida pela equipa de projetistas dirigida por Kenji Ikeda. O contrato também incluiu a Fuji como principal firma subcontratada. O voo inaugural do protótipo XT-2 teve lugar a 20 de Julho de 1971. Acabaram por produzir-se 90 exemplares de série com a designação Mitsubishi T-2. Entre estes, 28 não estavam armados e os 62 restantes tinham a equipa-lo um canhão JMIAI de 20 mm.
Os custos demasiado altos do programa do T-2 quase acabaram com o desenvolvimento previsto da versão monolugar de ataque, mas, com alguma sorte, o cancelamento de outro programa para um novo avião de patrulha marítima disponibilizou os créditos necessários e, assim, em 1973, formalizou-se o contrato para o seu desenvolvimento.
Os segundo e terceiro protótipos do T-2 (FS-T2-Kai) foram modificados para adotarem uma configuração monolugar. O primeiro destes protótipos encetou os voos de ensaio a 3 de Junho de 1975. A divisão de ensaios da Força Aérea de Autodefesa do Japão, com base em Gifu, elaborou um programa de voos de evolução que se prolongou por um ano, e, assim que terminou, o denominado Mitsubishi F-1 foi considerado como operacional e a sua produção em série começou, com o primeiro aparelho fabricado a levantar voo a 16 de Junho de 1977. O novo aparelho apresentava umas linhas e dimensões semelhantes às do seu predecessor de dois lugares, mas cobriu-se o espaço traseiro da cabine com uma carenagem de acesso, deixando igualmente lugar a um compartimento para a aviônica dotada de um sistema de controlo de voo J/ASQ-1 da Mitsubishi Electric, um ordenador de carga ofensiva INS 6TNJ-F da Ferranti, um sistema de alerta radar e um subsistema de guiagem, cujas sensores se situavam na parte superior da deriva. O F-1 mantinha o sistema de rumo e altitude Lear Siegler 50110BL. do T-2, e além disso, incorporava um sistema de câmera. Finalmente, a partir de 1982, introduziu-se um novo equipamento de radar Mitsubishi J7AWG-12, compatível com o armamento mais moderno, cm substituição do radar telemétrico e de busca J/AWG-11
A célula foi reforçada e instalaram-se debaixo das asas uns suportes adicionais, elevando-se o seu número até um total de sete (com dois colocados nas extremidades das asas). Tanto o suporte da fuselagem como os dois interiores dos planos podiam transportar depósitos suplementares de combustível. O seu armamento compunha-se essencialmente de dois mísseis antinavio de Jongo alcance ASM-1 e ASM-2, equiparáveis no seu potencial ao AGM-84 Harpoon norte-americano ou 30 AM 39 Exocet francês. Além disso, o F-1 podia transportar uma ampla variedade de carga ofensiva, combinando pods de rockets com bombas de diversos tipos, tanto convencionais como guiados por infravermelhos. O míssil ar/ar de curto alcance AIM- Sidewinder, transportado nas calhas das extremidades subalares externas, davam ao F-1 a capacidade de desempenhar a sua função secundária de defesa aérea.
A produção total do F-1, fixa inicialmente em 160 aviões, ficou-se pelos 77 aparelhos por causa de cortes no orçamento. Foram todos entregues à Força Aérea de Autodefesa do Japão, até Março de 1987 O FI começou a sua atividade em Abril de 1978, ao substituir o veterano F-86 Sabre no 2° Hikotai (esquadrão) da 3. Kokudan (asa), com base em Misawa e, posteriormente, em outras unidades como o . Hikotai da mesma asa, co 6. Hikotai da 8. Kokudan com base em Tsuiki, na província de Fukoka.
Ao longo dos anos, o F-1 foi gradualmente substituído pelo mais moderno F2 (um modelo compartilhado entre o Japão e os Estados Unidos, baseado no F-16C/D), e também pelo F-4EJ Kai Phantom II. Prevê-se que os dois exemplares ainda em serviço sejam substituídos pelos F-2 nos próximos anos.
Fontes: Wikipedia